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Palhetada alternada: aprenda o que é e como treinar

Descubra mais sobre essa técnica e como treiná-la!

A palhetada alternada é uma técnica essencial para guitarristas que buscam velocidade, precisão e resistência na hora de tocar.

Essa técnica da guitarra consiste em alternar movimentos para baixo e para cima com a palheta, sendo uma ferramenta versátil e fundamental para todo guitarrista dominar.

Quer saber mais sobre essa técnica e como melhorar sua palhetada? Continue com a gente!

O que é palhetada alternada? Conheça mais sobre a técnica

A palhetada alternada é uma técnica de execução na guitarra e no violão, em que o músico alterna entre toques para baixo (downstrokes) e para cima (upstrokes) com a palheta.

Essa alternância permite uma maior velocidade e fluidez na execução de escalas, arpejos, riffs e passagens complexas.

É uma técnica versátil e presente em diversos estilos musicais, do rock ao jazz, passando pelo blues até o metal, onde o downpicking é uma técnica muito usada.

Como fazer palhetada alternada?

Vários fatores contam na hora de alcançar uma boa técnica de palhetada alternada. Elaboramos uma lista com alguns. Saca só!

Escolhendo a palheta

O material e a espessura da palheta influenciam no som e na execução. Palhetas mais rígidas proporcionam um ataque mais definido, enquanto as mais flexíveis são melhores para ritmos suaves.

Escolher a palheta certa depende do estilo que você toca. Palhetas mais finas podem dobrar demais, mas são boas para realizar levadas e ritmos. Por sua vez, as mais grossas são ideais para solar e fazer riffs.

Experimente diferentes materiais e espessuras para encontrar a que melhor se adapta ao seu estilo e à sua mão.

Postura e ângulo da palheta

Uma boa postura é fundamental para executar a palhetada alternada. Sente-se ou fique em pé com a coluna reta. Posicione a guitarra de forma que seu braço não fique tensionado. O pulso deve estar relaxado e fazer movimentos controlados.

O ângulo da palheta também é crucial. Não mantenha a palheta totalmente perpendicular à corda. Isso permite uma transição suave entre toques para baixo e para cima.

Além disso, também é importante saber direcionar o movimento da palheta e utilizar um movimento circular com os dedos, auxiliando o braço e punho fazendo com que você se canse menos em passagens que demandam muita resistência.

Se quiser se aprofundar nessas dicas, confira o vídeo do Vinícius Dias sobre palhetada:

Paul Gilbert, conhecido por sua velocidade, utiliza palhetas rígidas e mantém um ângulo preciso para obter clareza em notas rápidas.

Já John Petrucci, do Dream Theater, prefere palhetas mais espessas, que proporcionam um som robusto e preciso.

Relaxamento e precisão

Manter o corpo relaxado é vital para uma boa palhetada alternada. Tensão nos ombros ou no braço pode prejudicar a performance e causar lesões. 

Faça pausas durante os treinos e foque em manter movimentos suaves e controlados.

Para melhorar a palhetada alternada na guitarra, pratique com um metrônomo, começando em velocidades lentas e aumentando gradualmente.

Foque em manter a constância e a clareza das notas além do relaxamento do corpo.

Sincronia

Após dominar o movimento e ataque da palheta com a mão direita, é hora de trabalhar em conjunto com a mão esquerda. O desafio aqui é sincronizar ambas as mãos.

Para alcançar essa sincronia, pratique exercícios de escalas lentamente, garantindo que cada dedo da mão esquerda se mova em sincronia com os movimentos da palheta na mão direita.

Guitarristas como Steve Vai e Yngwie Malmsteen são exemplos de músicos que demonstram uma sincronia impecável, resultando em performances limpas, precisas e rápidas.

Praticar exercícios específicos é essencial para dominar a palhetada alternada. Comece com exercícios simples, como alternar entre duas notas em uma corda.

Gradualmente, avance para exercícios em duas cordas e depois com diferentes notas por corda (2 notas por corda, 3 notas por corda etc). Use um metrônomo para manter o tempo e aumentar a velocidade progressivamente.

Dominar a palhetada alternada é um passo fundamental para qualquer guitarrista que busca melhorar sua técnica. Com prática e paciência, você verá um grande progresso em sua velocidade e precisão.

História da palhetada alternada

A origem exata da palhetada alternada é difícil de determinar. O uso de um acessório para pinçar as cordas de instrumentos dedilhados pode ser encontrado desde a Idade Média europeia.

Na época, era utilizado o plectro, uma espécie de palheta feita de penas, para tocar o alaúde e o saltério, além de instrumentos mais antigos como o Oud árabe.

Em tempos recentes, o uso da palheta começou a ganhar destaque na década de 1930, com guitarristas como Django Reinhardt, que a usava para obter uma fluidez e swing em seus solos de jazz manouche.

Posteriormente, Charlie Christian foi outro importante nome na consolidação do uso e do som da palheta. Ele a utilizava para tocar a guitarra-elétrica, ao contrário de Django, que usava a palheta no violão.

Já nos anos 1970, guitarristas como Al Di Meola e John McLaughlin levaram a técnica a novos patamares, influenciando uma geração de músicos.

Benefícios da palhetada alternada

Para que serve a palhetada alternada? Além de aumentar a velocidade, ela melhora a precisão e também influencia no timbre da guitarra.

Ao dominar essa técnica, o guitarrista consegue executar passagens complexas com menos esforço e mais clareza.

Além disso, ela também propicia uma maior capacidade de articulação e acentuação das notas, servindo também como uma maneira de melhorar sua expressão musical e fraseado.

Exercite ainda mais sua palhetada com o Cifra Club!

Se você curtiu as dicas que elaboramos para você, mas gostaria de colocar a mão nas cordas, dê uma olhada nos exercícios de palhetada alternada!

Nele, você vai encontrar diversos exercícios com tablaturas, áudios e diversos padrões para se desenvolver mais! Boas palhetadas e até a próxima!

Foto de Marco Teruel

Marco Teruel

Marco Teruel é músico e violonista, com mestrado pela USC Thornton School of Music (EUA) e doutorado em música pela UFMG. Seus interesses musicais incluem o repertório do violão clássico, a música dos séculos XVI e XVII, a música brasileira e o heavy metal.

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